

Sobre
OCLUSÃO VASCULAR DA RETINA
A oclusão da artéria central da retina é o bloqueio do fluxo sanguíneo na artéria central da retina, normalmente decorrente de embolismo. Ela provoca perda de visão súbita, indolor, unilateral e, geralmente, grave. O diagnóstico é feito por história e achados característicos da retina descobertas sob fundoscopia. Diminuir a pressão intraocular pode ser feito nas primeiras 24 horas da oclusão para tentar desbloquear o embolismo. Em alguns centros, se os pacientes chegam nas primeiras horas de oclusão, é possível fazer a cateterização da artéria carótida/oftálmica e seletivamente injetar trombolíticos.
Sintomas:
A oclusão da artéria da retina causa cegueira súbita, indolor, perda grave de visão ou defeito no campo visual, geralmente de forma unilateral.
A pupila pode responder mal à luz direta, mas contrai bruscamente quando o outro olho é iluminado (defeito pupilar aferente relativo). Em casos agudos, a fundoscopia mostra fundo ocular opaco e pálido com fóvea vermelha (mancha vermelho-cereja). Normalmente, as artérias são atenuadas e podem até parecer sem sangue. Um êmbolo (p. ex., êmbolo de colesterol, chamado placa de Hollenhorst) é às vezes visível. Se um ramo principal é ocluído, em vez de toda a artéria, anormalidades fundoscópicas e perda de visão estão limitados a este setor da retina.
Pacientes com arterite de células gigantes têm 55 anos ou mais e podem ter cefaleia, uma artéria temporal sensível e palpável, claudicação da mandíbula, fadiga ou uma combinação disso.
Tratamento:
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Redução da pressão intraocular
Se há suspeita de tromboembolismo agudo, deve-se encaminhar imediatamente o paciente a um centro especializado em AVE, pois há risco aumentado de outros eventos cerebrovasculares.
O tratamento imediato é indicado caso a oclusão tenha ocorrido dentro de 24 horas de apresentação. Massagem ocular com pressão intermitente no olho fechado ou redução da pressão intraocular com hipotensores oculares (p. ex., timolol tópico a 0,5%, acetazolamida 500 mg IV ou oral) podem desalojar um êmbolo e permitir que ele entre em um ramo menor da artéria, reduzindo assim a área de isquemia da retina. Às vezes, utiliza-se paracentese da câmara anterior para reduzir a pressão intraocular e aumentar a perfusão. Alguns centros tentaram infundir trombolíticos na artéria carótida para dissolver o coágulo obstrutivo. Múltiplas séries de casos sugeriram que a oxigenoterapia hiperbárica pode melhorar o desfecho visual na oclusão da artéria central da retina. Entretanto, os tratamentos para oclusão da artéria retiniana raramente melhoram a acuidade visual. Embolectomia cirúrgica ou laser mediada está disponível, mas não é comumente feita. Em alguns casos esses tratamentos são eficazes, mas nenhum tem evidências fortes para suportar essa eficácia.
Pacientes com oclusão secundária à arterite de células gigantes devem receber altas doses de corticoides sistêmicos.